E, de repente, eu me dei conta.
De todas aquelas vezes que disse a mim mesma que não era assim, que havia uma explicação. Todas as vezes que, ferida, ignorei suas ações e segui como se nada houvesse acontecido. De todas as palavras duras que me antigiam e, num passe de mágica, eu as transformava em deslizes não intencionados. De todo o cuidado excessivo em não declarar o que havia, mas não poderia ser dito jamais. Todo o medo de se mostrar, de me mostrar e, assim, não haver nada que nos separasse. Me dei conta de que nunca daria certo. Eu não poderia negar o que sou, você não poderia aceitar e eu não aceito mais suas desculpas esfarrapadas.
É hora do ponto final.
"(...) e, num passe de mágica, eu as transformava em deslizes não intencionados."
ResponderExcluirMe identifiquei facilmente. Às vezes é mais simples sublimar e seguir em frente, encontrando justifictivas inventadas para erros nem sempre acidentais. Mas de repente, a gente estala e percebe. Há ocasiões em que - por mais que parte de nós queira continuar 'escrevendo' - precisamos colocar um ponto final.
Li seus outros dois textos, gostei de te achar (aliás, você quem achou) no blog!