Ele precisava de você aqui. Ele precisava ter você ao seu lado, ter você apenas junto dele. Ele saberia que estaria seguro, ele teria você. Não te teria pra si, exclusivo, como uma propriedade. Ele te teria, assim, tão natural e intrínseco que você seria ele. Você seria o que falta para o fazer inteiro. Você seria leve, simples, agradável. Os aborrecimentos você destroçaria com beijos, abraços, olhares. Ele seria seu. Não como posse, mas como o reflexo imprescindível de uma alma. Seriam o motivo da existência de suas almas. Pois almas tem pares. Elas não tem um fim em si. Quando uma se vai, não é possível repô-la, você vive a representação de você, da vida que você teria e não é sua. E, sabe, talvez ele nem precisasse dos seus beijos, abraços e olhares. Mas ele precisava de você, só você, bem perto. A verdade é que ele ainda precisa. Mas você não está por perto. Você nunca esteve. Agora ele não passa de um esboço de si mesmo, isso tudo não é mais que uma encenação.
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